De acordo com informações do portal Exame.com, um novo espaço de prática profissional na inteface comunicação/tecnologias da comunicação/educação se abre com a decisão do MEC em dar acesso, a uma significativa parcela de alunos brasileiros, ao livro digital até 2015.
Segundo o portal, o edital para os livros a serem distribuídas em 2015 pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) inclui a inscrição de obras multimídia, que reúnam livro impresso e digital. Os novos suportes deverão ter vídeos, áudios, animações, infográficos, mapas interativos, páginas da web e outros objetos que complementarão as informações contidas nos textos escritos.
O MEC foi motivado a avançar em direção ao livro digital depois das conclusões de um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), de 2007, que havia concluído que as escolas com acesso à internet apresentavam maior eficiência, que se refletia no desempenho dos estudantes.
Até o presente momento, o MEC já distribuiu 382.317 tablets. A meta é chegar a 600 mil até o final deste ano. Na primeira etapa, os equipamentos foram destinados a professores de escolas de ensino médio. Apenas o Amapá e o Maranhão não aderiram ao programa. Estão previstos conteúdos de domínio público, outros disponibilizados pelo MEC e pela Khan Academy. Por ano, o ministério investe cerca de R$ 1 bilhão pelo PNLD.
Ainda quanto aos conteúdos, o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara defende um modelo já adotado nos Estados Unidos, o chamado Recursos Educacionais Abertos (REA), por meio do qual o governo compra os direitos autorais das obras. Isso permitiria que os professores tivessem acesso facilitado não apenas a uma obra por disciplina (como ocorre pelo PNLD), mas a todas as disponibilizadas pelo MEC. "O professor pode usar 20, 30 obras, variando em cada aula como achar melhor". O REA consta no Projeto de Lei 1513/2011, em tramitação na Câmara dos Deputados. A Abrelivros adianta que caso o modelo passe a vigorar, deverá ser cobrado um valor adequado à disponibilização do conteúdo. Com informações da Agência Brasil.
De acordo com o Presidente da ABPEducom, Ismar Soares, a decisão do MEC de aderir ao livro digital abre espaço de trabalho para o educomunicador, levando-se em conta que o tema dos suportes midiáticos para a educação já vem sendo contemplado em cursos voltados à formação do novo profissional, como ocorre na Licenciatura em Educomunicação da ECA/USP.
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