A obra do educador brasileiro Paulo Freire (1921-1997) é fonte de inspiração para acadêmicos de múltiplas áreas ao redor do mundo. O novo livro do professor Dennis de Oliveira, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, é mais um exemplo disso. Em Jornalismo e Emancipação: Uma prática jornalística baseada em Paulo Freire (Appris Editora), fruto de sua tese de livre-docência defendida em 2014, o professor aplica as ideias de educação libertadora do intelectual para conceber uma maneira de fazer jornalismo diferente desta dos dias atuais.
Em sua explanação sobre a evolução do jornalismo ao longo do tempo, o professor recupera conceitos clássicos sobre poder e controle social de autores como Michel Foucault, Karl Marx, Zygmunt Bauman e Sigmund Freud. Mais à frente, coloca a mídia atual como um dos alicerces de um tripé de manutenção do poder, formado também pela indústria bélica e pelos agentes financeiros.
Oliveira alerta para o risco de o jornalismo se igualar a fenômenos da era digital como a boataria generalizada, as fake news, a pós-verdade, caso não demonstre sua diferenciação dentro da inflação de informações hoje existente. “Muitos donos de empresas de comunicação avaliam que o jornalismo entrou em crise porque a internet é uma concorrência desleal. Não é bem assim. Este atual jornalismo está em crise porque boa parte da população não acredita mais nele, não necessita mais dele.”
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